sexta-feira, 30 de outubro de 2009

De minissaia e mala branca


Uma estudante vestindo minissaia causou o maior furdúncio numa faculdade de Turismo da Uniban de São Bernardo. O caso veio à tona hoje, mas aconteceu dia 22. A repercussão do vídeo veiculado no Youtube chamou a atenção da imprensa. Uma turba ensandecida a perseguiu. Os outros estudantes a xingavam de “puta” e outros que tais de baixo calão. A moça acabou sendo acuada dentro da própria sala e chamou a polícia.
Até agora confesso que não entendi a atitude dos alunos da tal faculdade. Que bobagem. Na minha época, nós gostávamos que as meninas vestissem minissaia. Será que os homens mudaram? Que tempos são estes?

Mala branca

Bastou o Flamengo ganhar alguns jogos para a imprensa – inclusive a paulista – eleger um novo campeão Brasileiro de 2009 (mesmo quando o Palmeiras liderava com folga, sempre surgiam candidatos à vaga). Na atual rodada, o Fla tropeçou em Barueri. Perdeu para o Grêmio por 2 a 0. Depois do jogo, Val Baiano e o goleiro Renê declararam que o Cruzeiro teria prometido um incentivo financeiro aos jogadores do Grêmio pela vitória contra o Fla. Certamente isto não influenciou em nada no resultado do jogo.
Agora até o Superior Tribunal de Justiça Desportiva disse que julgará o caso. (Sei não, isso me cheira armação para favorecer o rubro-negro carioca.)
Mala preta não é novidade no futebol. É uma expressão brasileira que significa o oferecimento de um incentivo em dinheiro para uma equipe que disputa outro jogo de seu interesse. Geralmente era para a equipe perder. No caso do Grêmio – se é que a tal mala existe mesmo – era para que ganhasse o jogo.
A cor da mala tem muito a ver a um modelo conhecido como “007”, ou pasta de executivo. Não dá para entender o porquê a imprensa está chamando o caso Grêmio Barueri-Flamengo-Cruzeiro de “mala branca”. A prática é moralmente condenável, seja aceitar dinheiro para perder ou para ganhar o jogo. O uso pela imprensa do termo mala branca – e isso não é exagero de minha parte – tem no fundo uma conotação preconceituosa; se é para o “mal” (perder para lucrar), a mala é “preta”; se é para o “bem” (ganhar para lucrar) a mala é 'branca”.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vecchio amici


“Velhos amigos/ quando se encontram/ trocam notícias/ e recordações./ Bebem cerveja/ no bar de costume/ e cantam em voz rouca/ antigas canções”. Vez em quando caço um dos LPs (aos mais jovens informo: os “bolachões”, os discos de vinil) de minha modesta coleção para matar saudades. Ou melhor, provocar saudades. Outro dia peguei o primeiro LP do cantor e violeiro Almir Sater. Bastou rodar na agulha Velhos amigos (Paulo Simões) para que sentisse um grande aperto no coração.
Estou ficando mole. No fundo, sei que não é isto. Apenas senti grande saudades de alguns amigos que, pelas circunstâncias da vida, perderam-se do convívio mais íntimo. Amigo é como uma planta, temos que regá-la sempre para que não morra. Confesso que sou um jardineiro infiel.
Há mais de seis meses tento entregar um livro a um dos meus melhores amigos. Não consigo. A rotina nos massacra nesta cidade de doidivanas. Ai pensei: será que não é desculpa?
Peguei o regador e comecei a trabalhar. Um camarada que não vejo há uns oito ou nove anos consegui localizá-lo nesta semana, graças à Internet. Luizão – ou como é conhecido por seus clientes estrangeiros, o Big Lou – é uma grande figura. Estudamos juntos no ensino médio. Ele fazia Turismo, eu Redator Auxiliar na Fundação Bradesco. Éramos como unha e carne. Vivíamos no Aeroclube de Sorocaba, na casa de seus pais, em Iperó, ou viajando por outras plagas. Ele sempre amou viajar. Conhece mais de quarenta países. Nos falamos por telefone, com a promessa de nos reunirmos com outros camaras para molhar a palavra. Tenho ainda muito o que regar por aí, mas fiquei feliz com este pequeno reencontro.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Inaugurando a propaganda

Em véspera de ano eleitoral vale-tudo. Até anunciar uma obra que só estará pronta daqui a dois, três anos. Dias destes escrevi que o governo de José Serra é platônico: o mundo perfeito do governador acontece na televisão, nas propagandas. Mas agora o governo está indo longe demais. Você já viu uma propaganda do “Expansão SP”?
Estava no metrô, outro dia, e deparei-me com um cartaz com o seguinte texto:

Quem diria: Santo Amaro
vai ficar mais perto do Centro


Hoje, para ir de Santo Amaro até o Centro, você gasta no mínimo 1 hora. Com o Expansão São Paulo, você vai gastar apenas 35 minutos.

Até aí, nada de anormal. O problema é que havia um asterisco (aquele sinalzinho que indica sempre um porém, geralmente colocado no final do texto, em corpo bem pequeno para ninguém enxergar). Pois é, o tal texto informa que as obras devem ficar prontas a partir de 2014.
Quem diria: teremos de esperar quatro anos – pois é, praticamente mais um mandato de governador – para chegar do Centro a Santo Amaro, ou vice-versa, em 35 minutos. Puta eficiência de propaganda, sô!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Button, agora dono da F1


Todo campeão, dizem, carrega uma dose de sorte. Em Interlagos, no domingo, o inglês Jenson Button contou com doses duplas. Ao chegar em quinto lugar no GP do Brasil – depois de ter largado em 14º, o inglês da Brawn GP conquistou o primeiro título mundial da carreira, aos 29 anos de idade.
Na corrida vencida pelo australiano Webber, Button contou com a sorte para ganhar posições graças a alguns acidentes e com competência para fazer ultrapassagens e cumprir a tática de corrida que lhe deram o quinto lugar. Contou ainda com alguns problemas no carro de seu companheiro de equipe, Rubens Barrichello, que não passou do oitavo posto, e Vettel, que ficou em quarto. Rubinho e Vetel mantinham remotas chances de tirar o pirulito do inglês. Não conseguiram.

Rubinho, outro vencedor

No início do ano, Rubinho não sabia se disputaria a F1 deste ano, pois estava sem equipe – assim como Button. Ambos assinaram com a Brawn GP. Agora o brasileiro brigará com Vettel pelo vice-campeonato no Grande Prêmio dos Emirados Árabes. Vettel soma 74 pontos, contra 72 de Rubinho. Pelo menos para os dois, o próximo GP terá sabor especial. Quiça possamos, nós brasileiros, comemorar também!

Que coisa, Palestra!


A oito rodadas da final do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras vem acumulando um tropeço atrás do outro. Nas últimas três rodadas conquistou apenas um dos nove pontos disputados. A sorte é que os adversários diretos na disputa do caneco também têm acumulado infortúnios. Ontem perdeu para o Flamengo por 2 a 0, dois gols do Petkovic – o primeiro deles um golaço; o segundo, fruto de lambança da defesa. Para piorar, Vágner Love chutou nas nuvens uma cobrança de pênalti (dizem que o cavalo de São Jorge se assustou). Não vi a partida, mas pelo que li nos jornais, o Palmeiras jogou muito mal. Contudo manteve a liderança e só depende dele para conquistar o hexacampeonato brasileiro (ah, o título da série B também é Brasileiro, ou não!)
O Flamengo está entre as equipes com melhor desempenho no segundo turno. Subiu sete posições em dez jogos. Campanha inversa a do Avaí, que iniciou o segundo turno em quarto lugar, e caiu para o 10º posto, mesmo com a vitória sobre o Goiás, por 2 a 1, no sábado. Goiás, aliás, que chegou a vice-líder, mas com o acúmulo de tropeços agora está na 6ª posição na tabela.
No sábado, o Atlético Mineiro beliscou três pontos no Morumbi e assumiu a vice-liderança, com 50 pontos (quatro a menos que o Palmeiras). Bateu o São Paulo por 1 a 0, com tento anotado por Diego Tardelli. O Corinthians encarou o Sport, em Recife, e tomou 2 a 0, gols marcados por dois de seus ex-jogadores (o boliviano Arce e Wilson). Deu adeus, definitivamente, à tríplice coroa.
A rodada teve ainda Grêmio 2, Coritiba 0; Atlético Paraná 3, Santo André 0; Vitória 3, Náutico 1.
Na outra ponta da tabela, o Fluminense continua dono absoluto da lanterna. No domingo até que se esforçou, arrancando um 2 a 2 com o Internacional, mas continua em último, com 26 pontos, seis a menos que o Botafogo, que ocupa o 16º lugar. Fazem compania ao Flu o Santo André (17º, com 29 pontos), o Náutico (18º com 29 pontos) e o Sport (19º com 28 pontos).
O Fluminense está numa situação complicadíssima, pois tem pedreiras pela frente: encara Goiás, Cruzeiro e Sport fora de casa, e pega no Rio Atlético Mineiro (que luta pelo título), Palmeiras, Atlético PR e Vitória. Se mantiver a média de pontos conquistados até agora, disputará, com toda certeza, a série B em 2010.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

“Peruada” e movimentos sociais


Cerca de mil estudantes de Direito da USP (Largo de São Francisco) realizaram no início da tarde desta sexta-feira a tradicional “Peruada” – manifestação que remontaria há de cem anos. A tradicional passeata contou com um grande aparato da Polícia Militar. Centenas de homens da PM formaram um longo cordão de isolamento; uma dezena de motocicletas da Roncam e pelo menos cinco viaturas da Força Tática fizeram a “segurança” dos foliões.
A “peruada” provocou cerca de 80 quilômetros de engarrafamento, segundo sítios de notícia, parando inclusive a avenida 23 de Maio.
Nada contra a “Peruada”. Acho que a meninada da USP tem o direito de se manifestar. Como têm o direito de se manifestar os sindicatos, as entidades estudantis, os sem-terra, enfim, os movimentos sociais. Só que o tratamento dispensado aos estudantes pela imprensa e pelo governo não é o mesmo empregado aos professores, por exemplo. Em São Paulo a prática é “criminalizar” os movimentos sociais.
Em 2005, professores em greve fizeram uma passeata da Assembleia Legislativa até a avenida Paulista, fechando parte da Brigadeiro Luiz Antônio. É claro que se atrapalhou o trânsito na região. As manchetes dos principais meios de comunicação enfocaram, basicamente, o fato de a manifestação “atrapalhar” o trânsito da cidade. Nenhuma foi positiva ou mesmo informou sobre as reivindicações dos trabalhadores. No caso da “Peruada”, o UOL, por exemplo, afirmou em chamada da página principal: “Estudantes fazem alusão a Sarney durante 'Peruada 2009' em SP”.
O Ministério Público processou o ex-presidente da APEOESP – o Sindicato dos Professores – pela passeata de 2005. À época, pediu a indenização de R$ 4 milhões, que deveria ser paga pelo professor Carlos Ramiro de Castro. A alegação: o congestionamento teria provocado prejuízos à população. Todos sabemos que os promotores são advogados. Também participaram de “peruadas”, não de greves. Aos amigos, os louros; aos inimigos, a lei!

Conferência da Comunicação

Não existe democracia de fato sem a pluralidade dos meios de comunicação. No Brasil, os grandes conglomerados de comunicação estão nas mãos de poucos; por aqui o que vale é a “liberdade de empresa”, e não de imprensa. Os barões da comunicação ditam as regras das coberturas, especialmente da política. É um jogo de interesses; uma briga de cachorro grande.
O Grupo Traffic, por exemplo, está se tornando poderoso no Estado, pois mantém oito jornais no Interior, e a TV Tem, afiliada da Rede Globo. Ontem comprou o “Diário de S. Paulo”. Poder político, pois forma a opinião pública. É o que tentam, por exemplo, alguns jornalistas que exercem grande influência porque trabalham na poderosa Rede Globo, a exemplo de Miriam Leitão e Alexandre Machado. Miriam Leitão prega o caos econômico; Alexandre, o político.
A oportunidade de o País dar um salto enorme rumo à democratização dos meios de comunicação acontecerá na 1ª Conferência Nacional da Comunicação (Confecom), que acontecerá em Brasília entre os dias 1 e 3 de dezembro. A Confecom é precedida por encontros municipais e estadual, processo que tem garantido à sociedade civil mobilizar milhares de pessoas em centenas de cidades Brasil afora.
Osasco realiza hoje, 16, e amanhã a sua 1ª Conferência Municipal de Comunicação, no auditório da Unifeo, campus da Vila Yara. A abertura dos eventos, que contará com a presença do prefeito Emídio de Souza, acontecerá às 19 horas. Haverá palestras com os jornalistas Pedro Pomar e Luiz Carlos Azenha.
As mesas de debate acontecem neste sábado, a partir das 9 horas, quando os jornalistas Renato Rovai e Altamiro Borges e o cientista político Francisco Fonseca debatem o tema “Produção de conteúdo nos meios de comunicação”. Às 11 horas os jornalistas José Américo, Marcelo Parada e Alberto Luchetti falam sobre “Meios de Distribuição”. Encerrando os debates, às 16h30 o jornalista Ricardo Dias e o deputado federal João Paulo Cunha discorrem sobre “Cidadania: Direitos e Deveres”.

Diário é da Traffic

Na quarta-feira postei informação que a Rede Bom Dia, que pertence ao Grupo Traffic, do empresário J. Hawilla, lançaria jornal em Osasco. Pois bem, a ganância de Hawilla está insaciável. O grupo adquiriu da Rede Globo o “Diário de S. Paulo”. O negócio foi fechado na quinta-feira, 15. Leia nota divulgada pela Globo na página do jornal na Internet:
“A Infoglobo Comunicação e Participações comunica a venda dos ativos do jornal 'Diário de São Paulo' para o grupo Traffic. As negociações foram concluídas na tarde do dia 15 de outubro, com a aprovação da proposta apresentada pelo proprietário da rede de jornais 'Bom Dia'.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Argentina na África


A Argentina, de Don Dieguito Maradona, carimbou o passaporte para a África do Sul ao bater o Uruguai pelo raquítico placar de 1 a 0. Não faltou sofrimento para los hermanos. O gol argentino saiu dos pés de Bolatti aos 40 minutos do segundo tempo. O Uruguai contou com uma força do Chile, que bateu o Equador por 1 a 0, placar que garantiu a Celeste em 5º lugar e com chances de ir à Copa da África. Os uruguaios encaram na repescagem a Costa Rica, quarta colocada da Concacaf.
Muita gente ontem estava torcendo para uma derrota dos argentinos, movida por uma rivalidade futebolística, que muitas vezes descamba para a xenofobia, coisa que não consigo entender. Bem, mas na minha opinião uma Copa do Mundo sem a Argentina não tem a mínima graça; é como uma Campeonato Paulista sem o Corinthians, por exemplo.
O Brasil, já classificado, não passou de um 0 a 0 com a Bolívia. O empate garantiu o primeiro lugar das eliminatórias sul-americanas. A vitória sobre o Equador garantiu o segundo lugar ao Chile. O Paraguai caiu diante da Colômbia (2 a 0) e acabou em terceiro lugar – com os mesmos 33 pontos do Chile, mas com dois gols a menos de saldo.
Das Américas, por enquanto, estão classificados o Brasil, o Chile, o Paraguai, a Argentina, os Estados Unidos, o México e Honduras.

O tempo


Um ensinamento do mestre Mário Quintana, um dos meus poetas preferidos:

O tempo
(Mário Quintana)

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,
pois a única falta que terá,
será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Traffic abre jornal em Osasco


Até o final deste mês, a região Oeste da Grande São Paulo deve ganhar um novo jornal. Trata-se do “Bom Dia”, do Grupo Traffic, do empresário J. Hawilla – que cansou de ganhar dinheiro negociando jogadores. A rede “Bom Dia” já possui oito jornais no interior do Estado – São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba, Jundiaí, Fernandópolis, Marília, Catanduva e ABCD – e a TV Tem, afiliada da Rede Globo. Para lançar o jornal na região, o empresário J. Hawilla associou-se ao Grupo Metromídia, que edita a “Folha de Alphaville” e as revistas “Metrópolis”e “A Magazine”. A tiragem inicial será de 25 mil exemplares, que poderão se encontrados em bancas de jornal, livrarias e postos de combustível.
Será o primeiro jornal diário da região – com edições de domingo a domingo. Todos os jornais do grupo mantêm o mesmo padrão gráfico e alguns colunistas em comum. Não é nenhum jornal revolucionário, ao contrário, bem comum. Mantém as editorias de política (com cobertura regional), economia (basicamente as mesmas pautas são publicadas por todos os jornais da rede), dia-a-dia, que mistura cidades, polícia etc, o caderno Viva, de variedades, e esportes, que mescla cobertura nacional e local.
Na falta de um concorrente à altura, o Bom Dia Região Oeste chega para dominar o pedaço. Guardando-se as devidas proporções – especialmente a financeira – foi o que o “Primeira Hora” tentou fazer na região no final dos anos 1990 e início de 2000 com as edições de Osasco e Barueri; se o projeto desse certo, haveria edições de Carapicuíba, Jandira, Itapevi...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Time dos sonhos


Há tempos a revista “Placar” propôs a brincadeira: o time dos sonhos de todas as torcidas. O do Palmeiras, modéstia a parte, é uma verdadeira seleção. Na foto aparecem, em pé: Djalma Santos, Marcos, Dudu, Luizão Pereira, Roberto Carlos, Waldemar Fiúme; agachados: Julinho, César Sampaio, Rivaldo, Ademir da Guia e Evair. O técnico? Claro, Luiz Felipe Scolari, o Felipão!
Deste timaço, tive o prazer de ver jogar, além do Marcão, o Dudu, o Luizão Pereira, o Roberto Carlos, o César Sampaio, o Rivaldo, o Ademir da Guia e o Evair.

Eleição e publicidade


Os repórteres Paulo Peixoto e Breno Costa, da “Folha de S. Paulo”, revelaram que o governador José “Vampirus” Serra (PSDB) pretende aumentar em 158% os gastos com publicidade no orçamento de 2010. Como todos sabem, Serra quer ser o candidato tucano à sucessão presidencial. Outro tucano que vem investindo em publicidade é Aécio Neves, governador de Minas Gerais, que também pleiteia a legenda para candidatar-se à presidência. De acordo com a matéria da “Folha”, Aécio prevê um aumento de 21% nos gastos com publicidade. Mais modesto, né?
Diz a matéria: “A previsão de gastos para 2010, no caso do governo de São Paulo, ultrapassa a evolução real do Orçamento do Estado desde 2006.” Serra prevê gastar no próximo ano R$ 119,9 milhões em publicidade institucional, enquanto Aécio prevê gastos de R$ 40,4 milhões, conforme as propostas orçamentárias que os governos enviaram no mês passado aos seus respectivos Legislativos estaduais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Discutindo a relação


Aos meus três ou quatro leitores devo uma explicação pelo sumiço. Meu último post foi editado na segunda-feira. Pois é, andamos atolados no trabalho e sem tempo. Como hoje é sexta-feira – dia internacional da cerveja e de jogar conversa fora – , publico uma piadinha enviada por uma amiga.

Discutindo a relação:
Sempre tem aquelas horas em que a mulher decide "discutir" a relação. Ela puxa conversa com o marido:
– Se eu morresse você casava outra vez?
– Claro que não!
– Não?! Não por quê?! Não gosta de estar casado?
– Claro que gosto!
– Então por que é que não casava de novo?
– Está bem, casava...
– Casava? (com a voz magoada)
– Casava. Só porque foi bom com você...
– E dormiria com ela na nossa cama?
– Onde é que você queria que nós dormíssemos?
– E substituiria as minhas fotografias por fotografias dela?
– É natural que sim...
– E ela ia usar o meu carro?
– Não. Ela não dirige...
– ... !!!!
O marido, em pensamento: F.u.d.e.u !!!

Moral da história: JAMAIS prolongue um assunto com uma mulher, apenas abane a cabeça ou diga: “a-ham”, ou “hum-hum”.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Adiós, Sosa


Às 11 horas de hoje (horário de Buenos Aires) os restos mortais da cantora argentina Mercedes Sosa foram levados ao Cemitério de la Chacarita, onde seriam cremados, conforme era sua vontade. Aos 74 anos, símbolo da música argentina e latino-americana, a cantora faleceu no domingo. Seu corpo foi velado no Congresso Nacional Argentino, por onde passaram a presidente Cristina Kirchner, músicos e milhares de pessoas para dar o último adeus à cantora.
Mercedes Sosa embalou minha adolescência e juventude. Ainda ouço com prazer a música latino-americana. Uma perda a se lamentar. Abaixo, reproduzo uma das canções que mais gosto de ouvir em sua voz.

Canción con todos
(Armando Tejado Gómes/César Isella)

Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi voz
Su caudal.
Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil besa a mi Chile
Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer
Y a estallar.
Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.
¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Fiesp vermelha


Quando vi o Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) numa propaganda de TV falando sobre as escolas mantidas pelo Sesi, deduzi: esse cara quer ser candidato. Imaginei que o homem buscava filiação no Demo, no PSDB – partidos que têm mais o seu perfil. Qual foi minha surpresa. Ele filiou-se ao PSB (Partido Socialista Brasileiro). Cabe uma pergunta: ou PSB não é mais socialista ou o empresariado brasileiro deu uma rasteira no proletariado e está empunhando a bandeira vermelha do socialismo? (Sim, sei que o PSB nunca teve um perfil radical, mas não podia perder a piada.)
Tem mais, pessoas ligadas ao partido e a Skaf revelaram os planos da legenda para 2010: lançar Skaf à sucessão de José Serra, com outro recém-filiado, o ex-secretário de Educação do Estado, Gabriel Chalita, candidato ao Senado. Ciro Gomes seria o candidato do partido ao Palácio do Planalto. Ao que tudo indica, a cúpula socialista desistiu de convencer Ciro Gomes a transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo para candidatar-se ao governo (parte do PT apoiava a ideia). Antes que alguém levante a bola: “pô, um cearense quer governar São Paulo!”, há que se esclarecer que ele nasceu em Pindamonhangaba.
Chalita foi o candidato a vereador mais votado na Capital em 2008 – conquistou mais de 100 mil votos –, o que o cacifou. Até o PT andou tentando um namoro com o ex-tucano. O controvertido “educador” enamorou-se pela pombinha da paz e não pela estrela que enfeitam bandeiras vermelhas.