quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Mário Quintana
Alguns poemas de Mário Quintana para deixar a quinta-feira mais leve:
Gestos
A mão que parte o pão
a mão que semeia
a mão que o recebe
- como seria belo tudo isso se não fossem os intermediários!
Dos mundos
Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.
O auto-retrato
No retrato que me faço
– traço a traço –
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
– pouco a pouco –
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
30 anos de anistia
“(...) E nuvens, lá no mata-borrão do céu
chupavam manchas torturadas
que sufoco
Louco, o bêbado com chapéu-coco
fazia irreverências mil
pra noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
num rabo de foguete
Chora a nossa pátria, mãe gentil
choram Marias e Clarices
No solo do Brasil”
(O Bêbado e a Equilibrista, João Bosco e Aldir Blanc)
Na próxima sexta-feira, 28, comemora-se os 30 anos de promulgação da Lei da Anistia Política. Três décadas depois da volta dos exilados, discute-se que a lei – ampla, geral e irrestrita – deixou a desejar, principalmente no que tange à culpabilidade aos torturadores, aos excessos, aos crimes contra a humanidade e contra os direitos humanos praticados durante a ditadura militar.
Em artigo para a revista da Adusp (Associação dos Docentes da USP), o jornalista Ivan Seixas cobra a punição dos torturadores. “Punir torturadores não é um mero detalhe, mas parte fundamental do processo humanitário e de construção da democracia.” Com Ivan concorda o professor Oswaldo Munteal Filho, da PUC-RJ. Em entrevista ao “Jornal do Brasil”, Munteal defende que, para que a Lei da Anistia seja considerada de fato eficaz e válida, “é urgente a abertura dos registros do Itamaraty, do Arquivo Nacional, dos arquivos públicos estaduais, dos arquivos 'ainda blindados' da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O professor considera fundamental que o Ministério Público investigue aqueles que cometeram crimes contra os cidadãos brasileiros que lutavam por seus ideais.
Ivan Seixas foi preso pela Operação Bandeirantes, em São Paulo, em abril de 1971, aos 16 anos de idade, junto com seu pai, o metalúrgico Joaquim Seixas, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT). Os dois foram torturados na Oban. Seu pai faleceu na tortura. Com a ajuda da “Folha da Tarde” (do Grupo Folha) – o jornal com maior “tiragem” da década de 1970 –, a polícia montou uma farsa, inventando que Joaquim Seixas falecera em confronto.
Não sou sociólogo, filósofo ou coisa que o valha. Arrisco, contudo, uma análise: o brasileiro – com seu jeitinho, herança portuguesa – é um povo que evita o conflito e que perdoa muito fácil. O que passou, passou. É uma maneira de se cicatrizar feridas.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
São Paulo sem saúde
Os governos tucanos funcionam assim: desviam o foco da opinião pública para uma questão menor – e contam com as benesses dos meios de comunicação para espalhar o fato – enquanto engatilham o revólver para atingir o cidadão pelas costas. A aprovação da lei antifumo ganhou manchetes dos principais jornais do Estado; teve um bom tempo nos principais noticiários dos jornalísticos de alcance nacional das emissoras de TV. Enquanto isto, o governador José Serra enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei Complementar 62/08, que privatiza a rede de saúde pública, transferindo a administração dos hospitais e unidades para entidades privadas, chamadas de organizações sociais de saúde (OSS). Um parecer da deputado Maria Lúcia Amary (PSDB), uma das relatoras do PLC 62, propõe uma emenda abrindo as unidades de saúde para atendimento de pacientes da rede particular e/ou usuários de planos de saúdes privados! Ou seja, quem puder pagar...
Na prática, o PLC significa o fim da saúde pública no Estado de São Paulo. No Brasil o SUS garante atendimento universal e integral. Mas a sanha dos tucanos para implantar a todo custo a política neo-liberal transformará a saúde pública em negócio, se o PLC for aprovado.
O negócio funciona assim: você paga imposto e o dinheiro repassado para a saúde acaba no bolso destas OSS.
Nos Estados Unidos a coisa é parecida. Lá a saúde é privada. Cerca de 46 milhões de norte-americanos não têm atendimento de saúde. Se o cidadão perde o emprego, perde também o plano de saúde. Aí só recorrendo aos céus!
Para os tucanos, a rede de proteção social é gasto para o Estado. Aqueles que não podem recorrer a hospitais privados, que se danem!
Freiras feias
Sobre a lei antifumo, recomento a leitura de um artigo de Luiz Felipe Pondé, publicado no caderno “Ilustrada” da “Folha de S. Paulo” de segunda-feira. Ele entra fundo na discussão sobre a lei. Até agora tudo o que li a respeito fica na superficialidade, no contra ou a favor. Diz Pondé, em certo trecho de sua reflexão: “O fascismo é, no fundo, uma religião civil e não um tipo específico de política ou de governo. Manifesta-se como um governo cuja autoimagem é a de um agente moral na sociedade. Agente este movido pela fé em gerar melhores cidadãos, por meio do constrangimento legal e científico de comportamentos (…) Na democracia, o fascismo ainda é mais perigoso porque tende a ser invisível. Esta invisibilidade nasce da ilusão de que a legitimidade pelo voto inviabiliza o motor purificador do fascismo. Pelo contrário, a própria ideia de 'maioria' ou de 'vontade do povo' trai a vocação fascista. (…) O fator saúde, seja pessoal, seja do planeta, seja da sociedade, sempre foi uma paixão fascista – e isto já é largamente conhecido.”
Na prática, o PLC significa o fim da saúde pública no Estado de São Paulo. No Brasil o SUS garante atendimento universal e integral. Mas a sanha dos tucanos para implantar a todo custo a política neo-liberal transformará a saúde pública em negócio, se o PLC for aprovado.
O negócio funciona assim: você paga imposto e o dinheiro repassado para a saúde acaba no bolso destas OSS.
Nos Estados Unidos a coisa é parecida. Lá a saúde é privada. Cerca de 46 milhões de norte-americanos não têm atendimento de saúde. Se o cidadão perde o emprego, perde também o plano de saúde. Aí só recorrendo aos céus!
Para os tucanos, a rede de proteção social é gasto para o Estado. Aqueles que não podem recorrer a hospitais privados, que se danem!
Freiras feias
Sobre a lei antifumo, recomento a leitura de um artigo de Luiz Felipe Pondé, publicado no caderno “Ilustrada” da “Folha de S. Paulo” de segunda-feira. Ele entra fundo na discussão sobre a lei. Até agora tudo o que li a respeito fica na superficialidade, no contra ou a favor. Diz Pondé, em certo trecho de sua reflexão: “O fascismo é, no fundo, uma religião civil e não um tipo específico de política ou de governo. Manifesta-se como um governo cuja autoimagem é a de um agente moral na sociedade. Agente este movido pela fé em gerar melhores cidadãos, por meio do constrangimento legal e científico de comportamentos (…) Na democracia, o fascismo ainda é mais perigoso porque tende a ser invisível. Esta invisibilidade nasce da ilusão de que a legitimidade pelo voto inviabiliza o motor purificador do fascismo. Pelo contrário, a própria ideia de 'maioria' ou de 'vontade do povo' trai a vocação fascista. (…) O fator saúde, seja pessoal, seja do planeta, seja da sociedade, sempre foi uma paixão fascista – e isto já é largamente conhecido.”
Rodada verde
Finalmente o Palestra teve uma rodada favorável no Brasileirão. Sábado, na estréia do terceiro uniforme (aliás, belíssimo), fez a lição de casa: bateu o Inter-RS por 2 a 1. Destaque para a atuação de Diego Souza, que sofreu pênalti convertido por Obina; o segundo do Verdão nasceu dos pés de Ortigoza, enquanto Giuliano descontou para o Colorado gaúcho.
O melhor da rodada foi a vitória do Furacão paranaense sobre o São Paulo, com direito a um golaço do veterano Paulo Baier. O Santos mais uma vez decepcionou. Perdeu de 2 a 1 para o Goiás.
A partida entre Botafogo e Corinthans – um belo 3 a 3 – infelizmente foi marcada pela desastrosa atuação do árbitro Arilson Bispo: deu pênalti que não foi, deixou de marcar o que foi, não viu gol de mão e ainda fez lambança no segundo gol de Dentinho (foto). Um desastre.
Outros resultados dos paulistas no Brasileirão: Santo André 1, Coritiba 0 e Fluminense 0, Barueri 0. O empate custou ao Fluminense a lanterninha. Aliás, os times do Rio de Janeiro estão uma draga. O Botafogo é o anti-penúltimo colocado; o Flamengo, o 14º, não muito longe da zona de rebaixamento.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
20 anos sem Raul
Há exatos 20 anos morria o roqueiro baiano Raul Seixas, que no início de carreira fez parceria com Paulo Coelho. Na época de sua morte, Raul não fazia muito sucesso e estava meio esquecido. Fora resgatado por outro roqueiro baiano, Marcelo Nova. Até por isto, talvez, Raul fez mais sucesso depois de sua morte.
Para os fãs do cantor, uma série de homenagens estão programadas para este final de semana: lançamento do livro Metamorfose ambulante, exposição, peça teatral e até uma passeata programada para hoje, do Teatro Municipal até a Catedral da Sé. Acompanhe a programação:
Sábado, 22, às 13 horas: lançamento do livro Metamorfose ambulante – de Mário Lucena, Laura Kohan e Igor Zinza – na Galeria do Rock
Até o dia 23 de agosto, no Teatro Commune (Rua da Consolação, 1.218, tel. 3476-0792), o ator pernambucano Samuel Luna encena a peça À espera do trem das 7. Ingressos a R$ 30,00
Até o dia 27 de setembro você pode ver a exposição O prisioneiro do rock, ensaio fotográfico feito por Ivan Cardoso no Museu Afro Brasil (Parque do Ibirapuera, tel. 5579-0593). Grátis.
Domingo, 23, às 16 horas acontecerá o show Toca Raul!, no Sesc Santo André (rua Tamarutaca, 302, tel. 4469-1200). Grátis.
Volta Jorginho
Depois de mais um tropeço do Palmeiras no Brasileirão resolvi iniciar uma campanha pela volta do Jorginho como técnico principal da equipe. Depois que o Morumbi Ramalho (ops, Murucy) assumiu o comando da equipe, o time descambou. A última vitória do Palmeiras aconteceu no dia 1º de agosto, 1 a 0 no Sport Recife, na Ilha do Retiro. De lá pra cá, disputou doze pontos e conquistou apenas quatro. Foram três empates em 1 a 1 com Grêmio, Atlético e Botafogo, e a derrota para o Coritiba na quarta-feira. Dos 45 pontos disputados até a véspera do jogo com o Sport, o Palmeiras conquistara 31, ou seja, 69% de aproveitamento; se mantivesse a média nos quatro últimos jogos, o Palestra estava na liderança folgada, com 42 pontos – seis à frente do SPFC.
Volta, Jorginho, volta!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Guerra das TVs: lavando a roupa suja
Acompanhei pela imprensa as acusações do Ministério Público de São Paulo contra o bispo Edir Macedo e mais nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus de usar o dinheiro de doações de fiéis para engordar o próprio bolso.
Há tempos a Rede Globo, controlada pela família Marinho, e a Record, pelo bispo Edir Macedo, veem trocando farpas. Mas a partir das denúncias as emissoras iniciaram uma guerra – e nada santa!
Globo e Record estão expondo os ossos uma da outra, pelo menos é o que me dizem alguns amigos.
Na década de 1990 – mais precisamente em 1993 – o canal 4 da BBC, a poderosa emissora estatal inglesa, produziu o documentário “Brasil: muito além do Cidadão Kane”, dirigido por Simon Hartog. O documentário mostra que o domínio crescente da TV Globo na imprensa brasileira envolvera contratos ilegais com empresas estrangeiras, um apoio incondicional aos governos ditatoriais no Brasil e tudo o que estiver a seu alcance para garantir seus interesses — o que inclui até a manipulação de debates políticos para eleger o governo, como ocorreu no caso Collor de Mello. Mais do que isso, o filme explica como funciona a política brasileira de comunicações e os critérios arbitrários pelos quais se concedem e renovam as concessões de canais de televisão e rádio.
Por razões óbvias, a Rede Globo conseguiu na Justiça vetar a exibição do documentário no País. Assisti ao filme na época numa sessão clandestina promovida por um sindicato (não me recordo qual). O grande problema é que o documentário não tem tradução e nem legenda. Graças a Internet, hoje é possível assistir ou mesmo baixar o vídeo – ele pode ser encontrado no You Tube.
O dono da Igreja Universal do Reino de Deus é o maior proprietário de concessões de televisão no Brasil. Ele possui 23 emissoras de TV, mais de 40 emissoras de rádio – algumas registradas em nome de pastores de sua confiança.
Pela democratização
dos meios de comunicação
A guerra das emissoras põe a nu uma delicada e urgente questão: a concessão de emissoras de rádio e televisão no Brasil. E mostram a urgência da democratização dos meios de comunicação, que não podem ficar em mãos de inescrupulosas, sem qualquer regra legal.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O possante 147
Recebi por e-mail de uma amiga. Vale a pena rir:
Certo dia estava na estrada com o meu FIAT 147. Como era de se esperar, a jabiraca quebrou.
Então, encostei o 'podrão' no acostamento e fiquei esperando alguém passar. Apareceu um Porsche Boxter bi-turbo, a 170 km/h. A uns 200 metros, o motorista freou feito louco. Engatou marcha a ré e se aproximou. O bacana ofereceu-se para rebocar a m... do FIAT. Claro, aceitei a ajuda, mas pedi para que não corresse muito, senão a jabiraca desmontaria. Combinei com ele que piscaria o farol toda vez que o Porsche estivesse correndo demais.
Então, o Porsche começou a rebocar a jabiraca. Toda vez que passava de 60km/h, fazia sinal com o farol (no singular mesmo, porque, para variar, um deles estava em curto e não funcionava).
Já entediado, o cara do Porsche puxava a 'batedeira' a 60 km/h no máximo...
Foi então que apareceu um Mitsubishi 3000 GT, que desafia o Porsche para um racha. Este não deixou barato e foi pro pau: 120, 130, 150, 190, 210, 240 km/h...
Fiquei desesperado. Não parava de piscar o farol que nem um louco... e os dois alinhados. Os caras passaram por um posto policial a impressionantes 240 km/h!! Sem acreditar, o policial rodoviário avisou, por rádio, o próximo posto:
– Atenção, um Porsche vermelho e um Mitsubishi preto disputando racha a mais de 240 km/h na estrada, e... juro pela minha santa mãezinha... seguidos de um FIAT 147 colado na bunda de um deles dando sinal de luz para ultrapassar!!!
Tropeço do Palestra
Sei não, foi o Muricy Ramalho assumir o comando do Verdão o time empacou. É impressionante a capacidade que o Palmeiras tem de perder pontos em casa. No sábado empatou com o Botafogo-RJ, que vem fazendo uma campanha medíocre, em 15º na tabela. Dos últimos seis pontos que disputou – contra o Atlético-MG e o Bota – poderia muito bem ter conquistado quatro. No meio da semana, no Mineirão, o Palestra até que jogou melhor que o Galo e poderia sair com três pontos de Minas. Mas no sábado fez lambança. O time ainda lidera o campeonato, com 37 pontos, mas apenas dois à frente do Goiás, que bateu, no sufoco, o Vitória – 3 a 2 –, e quatro a mais que o Internacional. Apenas um detalhe. O time gaúcho, que venceu o Santo André, tem dois jogos a menos.
Nossos “hermanos” do Corinthians bem que tentaram ajudar o Palestra e bateram o Galo por 2 a 0, com gol até de Boquita (vê se isso é apelido!).
O São Paulo mostrou que é um time que nasceu com aquilo virado para a Lua. Bateu o desesperado Sport Recife, na Ilha do Retiro, com gol de Hugo aos 48 minutos: 2 a 1. O gol de Hugo saiu depois de uma lambança da defesa do Sport.
Disputar a Libertadores faz muito mal a alguns times. O Sport Recife é um deles. Depois da desclassificação para o Palmeiras, e a demissão do técnico Nelsinho Baptista, o Sport despencou na tabela. Outro que sente a síndrome da Libertadores é o Cruzeiro. Apontado como um possível candidato ao título do Brasileirão deste ano, o Palestra mineiro ficou no 0 a 0 com o Santos e patina na classificação, ocupando o 14º lugar.
Que o diga o Fluminense, que há dois anos não esquece a perda do caneco para a LDU. O tricolor das Laranjeiras tomou uma sacolejada do Coritiba (3 a 1) em pleno Maracanã. Praga de pernambucano. Na antepenúltima rodada, o tricolor castigou o Sport no Marcanã – 5 a 1. Com a derrota ontem o Flu inicia o segundo turno de mãos dadas com os pernambucanos, que seguram a lanterna com 13 pontos. O tricolor tem 15.
O Flamengo voltou a ser o Flamengo dos últimos anos (saudades dos tempos de Zico, Atílio). Levou de 4 a 1 do Grêmio.
Nossos “hermanos” do Corinthians bem que tentaram ajudar o Palestra e bateram o Galo por 2 a 0, com gol até de Boquita (vê se isso é apelido!).
O São Paulo mostrou que é um time que nasceu com aquilo virado para a Lua. Bateu o desesperado Sport Recife, na Ilha do Retiro, com gol de Hugo aos 48 minutos: 2 a 1. O gol de Hugo saiu depois de uma lambança da defesa do Sport.
Disputar a Libertadores faz muito mal a alguns times. O Sport Recife é um deles. Depois da desclassificação para o Palmeiras, e a demissão do técnico Nelsinho Baptista, o Sport despencou na tabela. Outro que sente a síndrome da Libertadores é o Cruzeiro. Apontado como um possível candidato ao título do Brasileirão deste ano, o Palestra mineiro ficou no 0 a 0 com o Santos e patina na classificação, ocupando o 14º lugar.
Que o diga o Fluminense, que há dois anos não esquece a perda do caneco para a LDU. O tricolor das Laranjeiras tomou uma sacolejada do Coritiba (3 a 1) em pleno Maracanã. Praga de pernambucano. Na antepenúltima rodada, o tricolor castigou o Sport no Marcanã – 5 a 1. Com a derrota ontem o Flu inicia o segundo turno de mãos dadas com os pernambucanos, que seguram a lanterna com 13 pontos. O tricolor tem 15.
O Flamengo voltou a ser o Flamengo dos últimos anos (saudades dos tempos de Zico, Atílio). Levou de 4 a 1 do Grêmio.
Bolt, o relâmpago
É impressionante a velocidade do jamaicano Usain Bolt. Ao conquistar o título mundial dos 100 m rasos neste domingo, em Berlim, Alemanha, Bolt bateu novo record mundial, com o tempo de 9s58. O jamaicano voou e superou o norte-americano Tyson Gay e o compatriota Asafa Powell.
Bolt superou a própria marca de 9s69, cravada nos Jogos Olímpicos de Pequim, disputado há um ano.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Carros e saúde
Confesso que me rendi à lei antifumo. Apesar de me sentir excluído, tem sido um barato diferente fumar nas calçadas, seja em frente aos bares ou ao prédio onde trabalho. Nos bares tenho ampliado meu rol de conhecidos. Você acaba puxando papo com aquele cara que está sempre no pedaço, mas que nunca sentou-se ao seu lado e, no máximo, trocou com ele um aceno. No trabalho tenho conversado com colegas que, por serem de outro departamento, raramente os via.
Parafraseando Luís Fernando Veríssimo, que por sua vez parafraseou John Le Carré, a hipocrisia é o mais próximo que o homem jamais chegará da virtude. O que mais me irrita nesta propaganda do governo do Estado é a hipocrisia. Outro dia vi uma foto de um painel com a frase: “São Paulo já respira melhor”.
Descobri que hoje, 14, é o dia mundial contra a poluição do ar. Notícia veiculada pela agência Maxpress revela o óbvio: a poluição de veículos automotores é um dos principais causadores de problemas de saúde nos centros urbanos. Segundo informações da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo, "nas áreas metropolitanas o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes". O Estado de São Paulo é região do País que enfrenta a situação mais preocupante, pois abriga cerca de 40% da frota automotiva nacional".
Ainda segundo a notícia, o material particulado (poluentes) liberado pelos veículos fica suspenso na atmosfera e provoca mal estar, dor de cabeça, enjoo; problemas oftálmicos, gastrointestinais e cardiovasculares; doenças dermatológicas, pulmonares e infecciosas; alguns tipos de câncer, além de afetar o sistema nervoso. São Paulo respira melhor, governador?
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Brasil “goleia”
1 a 0 na “poderosa” Estônia. Resultado do amistoso da seleção brasileira disputado ontem no Estádio Le Coq, Tallinn, capital estoniana. Afinal, o time de Pereijo, Jääger, Dmitrijev e companhia pratica o melhor futebol dos países que fazem fronteira com a Finlândia.
O gol de Luís Fabiano, nasceu de uma jogada genial de Kaká. O queridinho do Apostolo Ernandes conseguiu tabelar com um adversário e a pelota sobrou para o centroavante rolar para as redes. Uma pintura de gol.
Tem certos jogos que a TV, mesmo a aberta, deveria nos pagar para assistirmos. O do Brasil e Estônia foi um deles. Sobrou pontapé pra todo lado.
Infelizmente à noite não consegui ver todo o jogo do Palestra. Assisti aos gols, ao final do jogo. O Marcão tomou um peru, mas depois se redimiu, defendendo um pênalti. O gol do Verdão foi belíssimo, com um passe magistral de Diego Souza para o Ortigoza Calhada. O resultado não foi ruim para o Palmeiras, que beliscou um pontinho fora de casa. É o velho ditado: de grão em grão...
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Dedo-durismo incentivado por lei
Dizem que o Brasil é o País da piada pronta. Alguns políticos fazem questão de dar uma mãozinha para confirmar a máxima. O atual governador de São Paulo, José Serra, foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes). Com o golpe militar de 1964, não foi cassado ou preso, como muitos imaginam. Decidiu, por conta, se exilar no Chile. Mas é o cara mais autoritário e anti-democrático que governou São Paulo pós-abertura (portanto, não entra aqui Paulo Salim, pois). Mais autoritário até que Quércia.
A Lei anti-fumo, recentemente em vigor, instituí, por meio legal, o dedo-durismo em São Paulo. Veja o que diz o artigo 5º da dita lei: “Qualquer pessoa poderá relatar ao órgão de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor da respectiva área de atuação, fato que tenha presenciado em desacordo com o disposto nesta lei.”
Tenho dito.
A Lei anti-fumo, recentemente em vigor, instituí, por meio legal, o dedo-durismo em São Paulo. Veja o que diz o artigo 5º da dita lei: “Qualquer pessoa poderá relatar ao órgão de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor da respectiva área de atuação, fato que tenha presenciado em desacordo com o disposto nesta lei.”
Tenho dito.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
64 anos da "rosa" de Hiroshima
Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades japoneses de Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas pelos EUA, que usaram pela primeira vez (e graças à Deus, a última) armas nucleares. A "Litte Boy" caiu sobre Hiroshima no dia 6; três dias depois a "Fat Man"arrasava Nagasaki.
Os bombardeios apressaram o fim da Segunda Grande Guerra Mundial (o armistício já havia acontecido na Europa), mas a um preço muito alto para a humanidade. As datas devem ser lembradas para que a besta-homem não repita o grande erro.
Sempre que me lembro da data, vem-me a mente a canção "Rosa de Hiroshima", com letra do grande poetinha Vinícius de Moraes musicada pelo ex-Secos e Molhados Gerson Conrad. Uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro.
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Os bombardeios apressaram o fim da Segunda Grande Guerra Mundial (o armistício já havia acontecido na Europa), mas a um preço muito alto para a humanidade. As datas devem ser lembradas para que a besta-homem não repita o grande erro.
Sempre que me lembro da data, vem-me a mente a canção "Rosa de Hiroshima", com letra do grande poetinha Vinícius de Moraes musicada pelo ex-Secos e Molhados Gerson Conrad. Uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro.
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Ah, nossa imprensa
Na segunda-feira, 3, a colunista da “Folha de S. Paulo” Mônica Bergamo trouxe um “furo”, que mereceu até chamada de capa. Diz a nota que “Projeto de lei da Secretaria da Educação paulista quer condicionar o aumento de salário de professores ao desempenho em provas realizadas a cada três anos”. Que minha amiga Mônica me desculpe, mas pareceu-me mais um balão de ensaio do governo, uma nota plantada – o Gilberto Dimenstein, que é do Conselho Editorial da “Folha”, também publicou nota em seu site na mesma data.
No dia seguinte os outros jornais repercutiram a nota. Jornal editado pelo “Grupo Folha”, o “Agora” trouxe matéria com a seguinte manchete: “Salário de professor poderá chegar a R$ 7.000”. A matéria afirma que o secretário de Educação, Paulo Renato Souza, confirmara os detalhes do projeto durante um evento no Itaú Cultural. Parágrafos depois, a matéria afirma: “Procurada ontem, a Secretaria de Educação não confirmou as informações”. O “Estadão” vai pelo mesmo caminho.
Cabe a pergunta: o tal projeto existe mesmo ou não passa de uma intenção do governo? Se não passa de uma mera especulação do governo, as matérias deveriam abordar o assunto: secretário e subordinados não se entendem. Os títulos das matérias deveriam ser: “Secretaria nega existência de projeto que vincula salário de professor a desempenho”; ou então algo parecido com “Governo estuda vincular salários a desempenho”. Quem está mentido, o titular da pasta ou os seus assessores? Nenhuma das matérias levanta a lebre. Simplesmente compram o discurso oficial sem questionar. Como diz o símio Simão, “é mole?” Eta jornalismo chapa branca, sô!
No dia seguinte os outros jornais repercutiram a nota. Jornal editado pelo “Grupo Folha”, o “Agora” trouxe matéria com a seguinte manchete: “Salário de professor poderá chegar a R$ 7.000”. A matéria afirma que o secretário de Educação, Paulo Renato Souza, confirmara os detalhes do projeto durante um evento no Itaú Cultural. Parágrafos depois, a matéria afirma: “Procurada ontem, a Secretaria de Educação não confirmou as informações”. O “Estadão” vai pelo mesmo caminho.
Cabe a pergunta: o tal projeto existe mesmo ou não passa de uma intenção do governo? Se não passa de uma mera especulação do governo, as matérias deveriam abordar o assunto: secretário e subordinados não se entendem. Os títulos das matérias deveriam ser: “Secretaria nega existência de projeto que vincula salário de professor a desempenho”; ou então algo parecido com “Governo estuda vincular salários a desempenho”. Quem está mentido, o titular da pasta ou os seus assessores? Nenhuma das matérias levanta a lebre. Simplesmente compram o discurso oficial sem questionar. Como diz o símio Simão, “é mole?” Eta jornalismo chapa branca, sô!
O cigarro nosso de cada dia - 3
Já tem gente faturando com a lei anti-fumo. Na segunda, 3, pela manhã flagrei um rapaz vendendo um adesivo da campanha ao dono do bar por R$ 4,00. São os espertalhões em ação. Eta povinho. O que poucos sabem é que os avisos podem ser “baixados”, de graça, no sítio do governo do Estado.
O cigarro nosso de cada dia - 2
Dia destes estava num bar com amigos molhando a palavra. Um conhecido de um dos meus amigos aproximou-se de nossa mesa. Puxou uma cadeira e sentiu-se no direito de entrar na conversa. De repente, sem mais nem menos, voltou-se para mim e disse:
– Tenho uma péssima notícia pra te dar. Você fuma muito, assim você vai morrer.
Respondi de pronto: “Também tenho uma péssima notícia para te dar. Você também morrerá. É a lei da natureza, meu caro”.
Amóz Oz, excelente escritor israelense, publicou uma pequena pérola onde discute a intolerância, tentendo entender o que acontece em seu País com a insana disputa entre judeus e muçulmanos (palestinos). Não recordo-me o título do livro (é a idade, é a idade!), mas Oz define muito bem estes metidos a besta: aqueles que se intrometem na vida dos outros são intolerantes. É verdade. Sempre digo que não gostaria de morrer saudável. É chato.
– Tenho uma péssima notícia pra te dar. Você fuma muito, assim você vai morrer.
Respondi de pronto: “Também tenho uma péssima notícia para te dar. Você também morrerá. É a lei da natureza, meu caro”.
Amóz Oz, excelente escritor israelense, publicou uma pequena pérola onde discute a intolerância, tentendo entender o que acontece em seu País com a insana disputa entre judeus e muçulmanos (palestinos). Não recordo-me o título do livro (é a idade, é a idade!), mas Oz define muito bem estes metidos a besta: aqueles que se intrometem na vida dos outros são intolerantes. É verdade. Sempre digo que não gostaria de morrer saudável. É chato.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
O cigarro nosso de cada dia – 1
Contagem regressiva: daqui a quatro dias entra em vigor no Estado de São Paulo a Lei anti-fumo. O assunto é polêmico. Agrada aos não-fumantes e provoca a ira dos viciados em tabaco. Sou fumante há mais de 20 anos; já tentei parar algumas vezes. Consegui por longos dezoito meses, mas voltei a soltar fumaça. Não considero-me vencido pelo vício, um fracassado. Voltei a fumar porque gosto. Sou, até onde é possível ser, um fumante educado. Evito fumar em restaurantes, por exemplo. Ou nas casas de amigos não fumantes (no quintal pode, né?). No trabalho, uso o “fumódromo”. Agora, fumaremos na rua.
O que me desagrada nesta questão é um governo controlar por lei o que pode ou não fazer uma pessoa adulta. Daqui a pouco algum governante ferrenhamente vegetariano elaborará uma lei proibindo a existência de churrascarias porque a carne vermelha faz mal à saúde.
Sei que muitos podem pensar: mas que argumentinho mais chocho, o cigarro faz mal à saúde não só ao fumante, mas aos fumantes passivos, o Serra está certo! Você não deixa de ter razão, mas o que me incomoda é a hipocrisia.
Uma das peças publicitárias veiculadas pelo governo do Estado de São Paulo é hilária – e hipócrita. Aparece o dr. Varela (não sei se é implicância minha, mas ele tem uma cara de moribundo!) dentro de um bar fazendo o discurso anti-tabagismo. A câmera o acompanha em sua viagem por diversos compartimentos da casa noturna até chegar à rua. O dr. Varela termina o discurso dizendo algo parecido com “todos têm o direito a respirar melhor”. Respirar melhor? Meu Deus!
Recente pesquisa realizada pela USP – e divulgada numa pequena matéria de pé de página pelo jornal “O Estado de S. Paulo” – revelou que 65% das doenças respiratórias são provocados pela poluição emitida pelos automóveis. Ou seja, quem não dirige ou tem automóvel pode ser acometido por doenças respiratórias. Não vi ninguém fazer campanha contra o uso de automóveis.
O que me desagrada nesta questão é um governo controlar por lei o que pode ou não fazer uma pessoa adulta. Daqui a pouco algum governante ferrenhamente vegetariano elaborará uma lei proibindo a existência de churrascarias porque a carne vermelha faz mal à saúde.
Sei que muitos podem pensar: mas que argumentinho mais chocho, o cigarro faz mal à saúde não só ao fumante, mas aos fumantes passivos, o Serra está certo! Você não deixa de ter razão, mas o que me incomoda é a hipocrisia.
Uma das peças publicitárias veiculadas pelo governo do Estado de São Paulo é hilária – e hipócrita. Aparece o dr. Varela (não sei se é implicância minha, mas ele tem uma cara de moribundo!) dentro de um bar fazendo o discurso anti-tabagismo. A câmera o acompanha em sua viagem por diversos compartimentos da casa noturna até chegar à rua. O dr. Varela termina o discurso dizendo algo parecido com “todos têm o direito a respirar melhor”. Respirar melhor? Meu Deus!
Recente pesquisa realizada pela USP – e divulgada numa pequena matéria de pé de página pelo jornal “O Estado de S. Paulo” – revelou que 65% das doenças respiratórias são provocados pela poluição emitida pelos automóveis. Ou seja, quem não dirige ou tem automóvel pode ser acometido por doenças respiratórias. Não vi ninguém fazer campanha contra o uso de automóveis.
Cerveja na Casa Branca
No dia 30 de julho, quando sorvia uma cerva gelada – lamentando que minhas férias chegavam ao fim – li uma notinha no “Estadão” que o presidente norte-americano Barack Obama, e seu vice, Joe Biden, recebiam na Casa Branca o professor Henry Louis Gates Jr e o policial James Crowley para uma cervejada. O intuito era selar a paz entre o professor e o policial pelo incidente racial deflagrado quando Crowley prendeu Louis Gates, que arrombara a própria casa.
Aos fatos: duas semanas antes, o professor Louis, que é negro e leciona em Harvard, uma das mais conceituadas universidades americanas, chegara em casa e descobrira que a fechadura estava emperrada. Com a ajuda do motorista, arrombou a porta. O fato chamou a atenção de vizinhos, que avisaram a polícia. O policial Crowley chegou rapidamente à luxuosa casa na valorizada região de Cambridge, Massahusetts. Encontrou um homem negro dentro da residência e pediu que ele saísse. O homem se recusou. Então, o policial exigiu que o homem se identificasse. O professor identificou-se e pediu para que não fosse incomodado. A discussão se acalorou e o policial, com a ajuda de outros colegas, prendeu o professor.
Amigo do professor, o presidente Obama acabou dando um puxão de orelhas no policial. Depois voltou atrás e fez o convite para que selassem a paz tomando cerveja na Casa Branca.
O fato daria uma tese sobre a questão do racismo nos Estados Unidos, ainda não superada – nem lá e nem aqui, mas isto é uma outra história.
Quero chamar a atenção para um fato: a imprensa tupiniquim não fez qualquer menção de desaprovação ao fato de o presidente e o vice dos EUA convidarem alguém para tomar cerveja na Casa Branca. Fosse o presidente Lula o anfitrião, os comentários maldosos teriam pipocado na imprensa e nos programas de TV. Coisas de nossa imprensa capurreira.
Aos fatos: duas semanas antes, o professor Louis, que é negro e leciona em Harvard, uma das mais conceituadas universidades americanas, chegara em casa e descobrira que a fechadura estava emperrada. Com a ajuda do motorista, arrombou a porta. O fato chamou a atenção de vizinhos, que avisaram a polícia. O policial Crowley chegou rapidamente à luxuosa casa na valorizada região de Cambridge, Massahusetts. Encontrou um homem negro dentro da residência e pediu que ele saísse. O homem se recusou. Então, o policial exigiu que o homem se identificasse. O professor identificou-se e pediu para que não fosse incomodado. A discussão se acalorou e o policial, com a ajuda de outros colegas, prendeu o professor.
Amigo do professor, o presidente Obama acabou dando um puxão de orelhas no policial. Depois voltou atrás e fez o convite para que selassem a paz tomando cerveja na Casa Branca.
O fato daria uma tese sobre a questão do racismo nos Estados Unidos, ainda não superada – nem lá e nem aqui, mas isto é uma outra história.
Quero chamar a atenção para um fato: a imprensa tupiniquim não fez qualquer menção de desaprovação ao fato de o presidente e o vice dos EUA convidarem alguém para tomar cerveja na Casa Branca. Fosse o presidente Lula o anfitrião, os comentários maldosos teriam pipocado na imprensa e nos programas de TV. Coisas de nossa imprensa capurreira.
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