Na segunda-feira, 3, a colunista da “Folha de S. Paulo” Mônica Bergamo trouxe um “furo”, que mereceu até chamada de capa. Diz a nota que “Projeto de lei da Secretaria da Educação paulista quer condicionar o aumento de salário de professores ao desempenho em provas realizadas a cada três anos”. Que minha amiga Mônica me desculpe, mas pareceu-me mais um balão de ensaio do governo, uma nota plantada – o Gilberto Dimenstein, que é do Conselho Editorial da “Folha”, também publicou nota em seu site na mesma data.
No dia seguinte os outros jornais repercutiram a nota. Jornal editado pelo “Grupo Folha”, o “Agora” trouxe matéria com a seguinte manchete: “Salário de professor poderá chegar a R$ 7.000”. A matéria afirma que o secretário de Educação, Paulo Renato Souza, confirmara os detalhes do projeto durante um evento no Itaú Cultural. Parágrafos depois, a matéria afirma: “Procurada ontem, a Secretaria de Educação não confirmou as informações”. O “Estadão” vai pelo mesmo caminho.
Cabe a pergunta: o tal projeto existe mesmo ou não passa de uma intenção do governo? Se não passa de uma mera especulação do governo, as matérias deveriam abordar o assunto: secretário e subordinados não se entendem. Os títulos das matérias deveriam ser: “Secretaria nega existência de projeto que vincula salário de professor a desempenho”; ou então algo parecido com “Governo estuda vincular salários a desempenho”. Quem está mentido, o titular da pasta ou os seus assessores? Nenhuma das matérias levanta a lebre. Simplesmente compram o discurso oficial sem questionar. Como diz o símio Simão, “é mole?” Eta jornalismo chapa branca, sô!
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