O jornalista Gilberto Dimenstein publicou, na quinta-feira, 3, a seguinte pérola em sua coluna na “Folha On-line”, com o seguinte título: Menos filhos, menos violência. Reproduzo a nota na íntegra:
“A informação mais importante da pesquisa do IBGE que acaba de ser divulgada é a redução brusca do número de filhos das mulheres com baixa escolaridade. Se na década de 1970, mulheres com menos de três anos de escolaridade tinham em média 7 filhos, agora passou 3 – e continua caindo. É uma boa notícia para quem está preocupado com a violência urbana.
“Há uma série de causas para a violência – e uma delas é a desestruturação familiar. Ou seja, a dificuldade ou até total incapacidade dos pais cuidarem de seus filhos, gerando um ciclo de marginalidade. A combinação de menos filhos por família com aumento da oferta de serviços públicos, especialmente educação (e desde a creche e pré-escola), é uma receita óbvia para termos sociedades mais integradas e, portanto, menos violentas. Até porque significam família com mais estudo e renda.
“Essa tendência ainda pode ser acelerada com programas de prevenção da gravidez em comunidades mais pobres como as favelas, onde, segundo estimativas, a média está acima dos três filhos por mulher.”
De onde diabos Dimenstein tirou tal conclusão? Até a década de 1920, cerca de 65% da nossa população era analfabeta. E as famílias, numerosas. Se seguirmos a linha de raciocínio proposta pelo nobre jornalista, deveríamos supor que a violência era cinco vezes maior naquela época que agora.
Cabe outra pergunta: os índices de violência sofreram queda no Brasil? Por que ele não mostrou tais números?
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